Priscila Barcella
Quando Nina terminou de mamar, ajeitei as coisas com ela no colo e me sentei novamente, sentindo as lágrimas escorrerem. Ultimamente, minhas emoções estão descontroladas, devido aos hormônios que tomo para amamentar Nina.
— Me desculpa, pequenininha. Eu não sou como ela. Você é meu amorzinho. Me promete que não vai me odiar, como seus irmãos, porque você é a única criança que gosta de mim — falei, beijando Nina e logo sentindo um cheiro forte. — Ai, meu amor, você fez o número dois. Isso eu nunca vou entender. Como uma coisinha dessas pode fazer um estrago tão grande?
Ela ia começar a choramingar, mas comecei a beijar sua barriguinha depois de limpá-la.
— Você quer ouvir uma música? Sua vovó cantava para mim, sabia? — falei, arrumando a roupinha dela. — Meu anjinho, meu anjinho — comecei a cantar calmamente.
E não sei por que Nina é a única pessoa que consegue me trazer paz. Estava cantando com um sorriso no rosto, pois ela sorria para mim, quando alguém bateu