- Eu acho que está ficando tarde... E precisamos ir. – Ela olhou para o sol, que começava a se pôr.
Assim que ela falou em ir embora, peguei Lúcia, minha boneca.
- Pode esquecer tudo, menos a Lúcia, não é mesmo?
- Ela é a minha filha... Não se esquece os filhos.
- Isso é verdade... E sabe de uma coisa? Estou feliz, porque já sei que você será uma boa mãe.
- Talvez eu não herde o dom da pintura de você, mas sim o da maternidade. – Ri e fiz careta.
- Seu pai que ficará feliz que você não irá para o lado das Artes... Afinal, talvez futuramente ele tenha a herdeira ao seu lado, administrando os negócios da família.
- Não quero trabalhar na empresa... Não se tem tempo para nada.
Ela suspirou, enquanto recolhia nossas coisas:
- Ah, a vida é assim,