Rebeca
A ansiedade me consumia enquanto aguardava na rodoviária Novo Rio. O relógio marcava três horas de espera, e a impaciência começava a me dominar. Meu coração pulsava acelerado, não apenas pela saudade, mas pela preocupação crescente com o atraso do ônibus. A cada minuto que passava, minha mente criava cenários dos mais simples aos mais catastróficos.
O pior era a falta de informação. Funcionários despreparados, olhares indiferentes, respostas vagas. Eu já estava à beira de um ataque de nervos. Se meus pais não chegassem logo, eu faria um escândalo.
E então, finalmente, vi o ônibus encostando na plataforma. Meu peito se encheu de alívio e emoção. Assim que as portas se abriram, meus olhos buscaram desesperadamente as duas figuras que tanto amo. E lá estavam eles.
— Minha filha! — Meu pai desceu primeiro, exausto e emburrado, enquanto minha mãe vinha logo atrás, ajeitando os óculos e tentando se recompor.
Antes mesmo que eu pudesse abraçá-los, meu pai disparou:
— Rebeca, se