O dia amanheceu nublado em Sant’Elisa. O convento estava silencioso, mas Valentina sentia o peso dos acontecimentos recentes. Ainda tentava processar a traição de Madre Isadora quando uma freira lhe entregou um envelope sem remetente.
— Isso chegou esta manhã, senhorita Valentina. Foi deixado na entrada.
Ela pegou a carta com cautela e, ao abrir, sentiu um arrepio subir por sua espinha ao ler as palavras escritas com uma caligrafia firme e sombria:
"Você acha que venceu, mas a verdadeira batalha ainda nem começou. Seu passado guarda segredos que você não está pronta para enfrentar."
Valentina leu a mensagem novamente, tentando entender seu significado. Seu passado? Que segredos poderia haver que ela ainda desconhecia?
— Está tudo bem? — A voz de Gabriel a trouxe de volta à realidade. Ele se aproximou, notando sua expressão tensa.
Sem hesitar, Valentina lhe entregou a carta. Gabriel a leu rapidamente, cerrando os punhos.
— Isso é uma ameaça clara.
— Mas de quem? O prefei