Na manhã seguinte, o convento estava envolto em uma aura de desconfiança. Valentina caminhava pelos corredores com o peso da descoberta de um possível informante. Cada rosto conhecido agora parecia suspeito.
Gabriel estava ao seu lado, silencioso, mas atento a cada movimento ao redor. Eles haviam compartilhado com Álvaro a ideia da armadilha e estavam prontos para colocá-la em prática naquela noite.
— Você acha que é alguém de dentro mesmo? — Valentina quebrou o silêncio, olhando para Gabriel.
Ele hesitou por um instante antes de responder.
— Não podemos descartar essa possibilidade. Mas quem quer que seja, está jogando muito bem. Até agora, só nos deram pistas vagas.
Valentina parou, olhando para o jardim onde algumas crianças brincavam sob o olhar atento das freiras.
— Como alguém pode trair tudo isso? — ela murmurou, o coração apertado.
Gabriel colocou uma mão suave em seu ombro.
— Não se concentre no "por quê" agora. Foque no "quem". Depois que resolvermos isso, voc