Bruno Alcântara
Acordo e sinto a cama fria ao meu lado. Meus olhos estão pesados, e ainda consigo sentir o cheiro da minha esposa no travesseiro. Me desperto sozinho, levanto, vou até o banheiro e ela não está lá. Jogo água no rosto e visto uma roupa para ir procurá-la, quando ouço vozes vindas da sala.
Ao chegar, vejo que todos continuam acordados, e me sinto mal por ter dormido enquanto se reuniam e tomavam as decisões necessárias.
— Desculpe, Marius, estava muito cansado. Passei noites em claro, mas depois da nossa conversa, consegui relaxar. — Digo, com certa inocência.
— Todos aqui ouviram muito bem como você conseguiu relaxar. — Aqueles filhos da puta ouviram eu matando a saudade da minha esposa. — Ela está na cozinha. Vá até lá e depois volte, precisamos pensar no que faremos. — Vou até a Carol, que toma seu chá, dou-lhe um beijo e retorno à sala.
— Então, o que decidiram? Elas estarão seguras dentro da minha casa, dou minha palavra. — Comprometo-me com a segurança delas.
— Não