Giovanni Sorrentino
Eu estava no meu carro enquanto o tutor do Henrique seguia em outro. Iríamos todos buscar minha família, que havia acabado de chegar. Augusto mantinha o rosto virado para a janela, e eu sabia que ele estava prestes a explodir de raiva. Por isso, não quis tirá-lo de seus pensamentos.
Ao chegar na pista de pouso, vi meu irmão com seu habitual terno de três peças, mas com uma expressão tão irritada que mal o reconheci. Antonella estava em pé ao seu lado, com o semblante triste e logo atrás, sentado na escada da aeronave, Marzio exibia uma cara de tédio.
Estacionei o carro, respirei fundo antes de sair e desci devagar, aproximando-me do meu irmão, que me olhou com pesar. Assim que nos encontramos, ele me puxou para um abraço apertado.
— Sinto muito, fratello, por tudo o que está acontecendo. — Olhei por cima do ombro dele e vi Antonella com as duas mãos no peito e um sorriso triste voltado para mim.
— Não faço ideia do que fazer, Antonella. Nossa amiga Bianca está cuid