Renato Vega
Ao perder a nossa mãe eu já tinha um pouco mais de dez anos e estava próximo de completar os onze. Compartilhei com o nosso pai a dor da sua perda e o ajudei com as minhas irmãs gêmeas de quatro anos.
No início foi difícil e doloroso. Mas com o passar dos meses fomos nos ajustando a nossa nova realidade.
Mas nunca imaginei que dezesseis anos depois estaria agora conversando com Paulina sobre as cláusulas do seu testamento no auge dos seus vinte e dois anos.
Não nego que estava terrivelmente surpreso em saber o quanto ela foi fria o suficiente para esconder todos os seus desejos e não compartilhar com todos que Paola é a mulher que a família de Luca procura.
Logo que descobrimos a doença de Paulina, todos achamos melhor que Paola usasse um nome falso na clínica e que apenas o médico que fez a consulta e implantou saberia que estava fazendo a FIV em uma integrante da família Vega.
Não faço ideia de como foram que os óvulos de Paola foram fertilizados com o esperma do Ruslan.