Bianca Fagundes
Conferir no rostinho daquela pequena o quanto ela ficou feliz por me ver ali foi como um abraço na alma. A satisfação daquele abraço e o cheirinho dela despertaram algo dentro de mim, algo difícil de explicar, principalmente para alguém que nunca teve a pretensão de construir uma família.
Sempre acreditei que não fui feita para amar… ou para ser amada. Nunca encontrei alguém que me fizesse sentir o que estou sentindo pelo Eduardo. Me assusta ver esse sentimento de proteção pela Helena crescendo a cada dia. Nos últimos dias, sem nada ver, senti um vazio, uma melancolia que me surpreendeu.
Cheguei a conversar com a Neide, que me aconselhou a parar de ter medo e simplesmente deixar as coisas acontecerem. A Cleide disse o mesmo. Espero que a nossa relação dê certo e, principalmente, que a Helena nunca seja prejudicada por isso.
Quando vi o Edu chamando sua atenção, meu instinto protetor gritou. Queria mantê-la nos meus braços, protegida. Quando ela foi para o colo do pai,