Carolina Borges
Sentia-me naquelas cenas de filme em câmera lenta, com uma música romântica de fundo, que faz o resto sumir. Era exatamente assim que me senti ao abrir a porta.
Diante de mim, um quarto decorado com rosas de todas as cores. Na cama, um jogo de lençol branco de cetim, um balde com espumante com taças e alguns chocolates ao lado. No teto, ao redor das luminárias, cascatas de mini buquês, pétalas cobriam o chão. Sinto-me em êxtase, quase como se estivesse sonhando.
E ali está ele, Bruno. Um homem que, eu sei que pode ser cruel e implacável com os outros, mas que, naquele momento, se mostra absurdamente romântico. Fico tão em choque que não consigo falar nada. Ele me conduz até a cama, dizendo algo que não consigo entender.
Minha mão vai até seu rosto, acaricio-o e sorrio, enquanto uma lágrima escorre pelo meu rosto.
— Você conseguiu me surpreender de verdade — murmuro, emocionada. — Tudo isso, o café da manhã, o passeio de barco e agora essa delicadeza… eu sei que você es