Carolina Alcântara
Assim que o Bruno sai de casa, ligo para a Juliana. Ela me diz que já está na casa da Tânia, e percebo que sua voz está triste. A Joyce vem comigo e vamos até o carro. Avisei a Keity que não precisa se preocupar com o almoço, pois provavelmente ficaremos fora.
O caminho até a comunidade é rápido e logo estamos as quatro conversando. Como sou uma boa observadora, vejo de imediato que minha cunhada está triste. Acabei pegando o hábito do Bruno de ser direta.
— Juliana, olhe para mim e me diga o que está havendo. Te conheço muito bem para saber que tem algo acontecendo.
Ela e a Tânia trocam um olhar e vejo a cumplicidade entre elas. Fico satisfeita com aquela amizade se fortalecendo.
— A Estela está perturbando ele. Agora vive mandando mensagens dizendo que sente saudades, pede perdão e implora que ele volte. Diz que ele deve escutá-la e que pare de ficar brincando de casinha com uma menina que pariu o filho de outro para ele criar.
Respiro fundo e me aproximo da minha