Paola Vega
O apartamento mesmo pequeno é bastante confortável. Ele tem dois quartos um onde meu irmão vai ficar e um enquanto a mim. Vou dividir a cama com Paulina no outro quarto, quero ficar de olho em seu sono e cuidar de suas necessidades. Sei que o início do tratamento ela vai sofrer e é por isso que estou aqui ao seu lado.
Não deixaria que minha irmã enfrentasse tudo isso sozinha. A noite foi difícil, tanto quanto imaginei. Paulina não conseguiu pregar os olhos durante a madrugada, ela teve muita ânsia e levantou várias vezes durante a madrugada para vomitar.
Renato entrou no quarto uma ou duas vezes para conferir e via em seu olhar, o cansaço e o desespero por não saber o que fazer nesse momento. Mesmo que soubéssemos que não há muito o fazer.
Levanto era um pouco depois das oito da manhã, sentindo o delicioso aroma do café que tanto lembra a nossa casa e nosso pai que é viciado nessa bebida. Viro na cama e vejo a minha irmã respirando lentamente e com pausas que me assustariam