Dois meses Depois.
Paola Vega
Hoje estava com meu pai na clínica Fertilis Vitae, uma clínica de fertilização in vitro muito bem recomendada pelo médico que está atendendo Paulina, que ficou em Porto Rico com nosso irmão Renato cuidando dela em casa.
Não estava nervosa, mesmo que um pouco ansiosa para poder voltar para casa e dizer à minha irmã que tudo estava certo e que a salvarei.
— Pode desistir ainda, meu amor! — Meu pai diz com carinho.
— Não vou desistir de algo que pode salvar a minha metade, minha irmã merece a chance de lutar pela vida…
Além disso, não consigo me imaginar morando em casa e não a ter ali todos os dias, me irritando e roubando as minhas torradas.
— Eu sei, mas é uma vida, meu amor, não estou dizendo que não vou amar um pedacinho seu, mas e se um dia o doador surgir? — A dúvida do meu pai é uma que o médico ainda não tirou nem mesmo de mim.
— Quem teria coragem de dar dor de cabeça à família Vega? — Falo com a mesma arrogância que me embrulha o estômago, chatead