Os dias haviam passado, Haidar havia crescido o suficiente para se comunicar como queria, se comportar e fazer amigos.
— Do que vamos brincar hoje? — Haidar se pôs à frente do tio de dezenove anos, barba feita e cabelos na altura das orelhas, caindo mechas negras pela testa.
— Que tal estudar? — Samir sorriu-lhe, olhando para o pequeno de cima. A diferença entre eles era gritante.
— Não, tio, vou para a escola estudar. Em casa, quero brincar. — respondeu o pequeno, o encarando.
— Nada mais justo. — Samir reconheceu.
Samir se agachou perto dele.
— Mas sou grande demais para brincar, não acha? — Samir tentou fazê-lo desistir da ideia. Já fazia um tempo que ele tentava ganhar do pequeno nas negociações que o mesmo criava.
— Na falta de outra criança, um jovem serve! — disse Haidar.
Samir negou, divertido.
— Então, peça um irmão para seus pais. — foi repreendido.
— Samir, não é algo que deva incentivar uma criança a dizer aos pais. — Aisha reclamou, passando por eles.
Samir a ac