Como sempre acontece, a simples presença de Vincenzo faz o coração de Vittoria disparar em um ritmo desgovernado, traindo a serenidade que ela tenta sustentar.
Por um instante, seus joelhos ameaçam fraquejar, mas ela se mantém firme, erguida com a compostura de quem aprendeu a esconder tempestades por trás de um olhar calmo, mesmo quando a ansiedade e o nervosismo queimam sob sua pele.
Vittoria se inclina com elegância, apoia os braços com leveza na janela do carro, os lábios curvados em um sorriso enigmático, enquanto o olhar percorre Vincenzo com aparente desinteresse.
— Está me seguindo, Vincenzo? — Indaga, a voz baixa e aveludada. — Ou veio se distrair com ela esta noite?
— Entre, Vittoria. — Ordena, a voz firme, enquanto o olhar percorre, sem disfarce, a visão provocante que ela lhe oferece.
— Dispenso, Vincenzo. — Declara, recuando com calma, os olhos presos aos dele, um sorriso contido nos lábios. — Já cuidei do meu próprio retorno. — Acrescenta, mostrando o celular como quem