Fabrizio caminha lentamente em direção à cama, cada passo calculado, como quem se diverte em prolongar a expectativa.
Antonella, por sua vez, encolhe-se ainda mais, puxando o lençol até o peito e apertando-o contra o corpo, como se aquele tecido frágil pudesse servir de escudo contra a ameaça que se aproxima.
Em um gesto brusco, Fabrizio arranca o lençol e o lança ao chão, sem dar a ele mais valor do que a um trapo descartável.
Em seguida, sua mão se fecha com violência em torno do pescoço de Antonella, erguendo-a com tamanha facilidade que a deixa quase de joelhos sobre o colchão, a respiração falhando sob o peso da força dele e o pavor estampado em seus olhos.
Giuseppe permanece em silêncio, controlando até a própria respiração para não atrair a atenção ou, pior, a fúria de Fabrizio, como se cada mínimo som pudesse ser o estopim para provocá-lo ainda mais.
— Você devia estar morta, puttana. — Fabrizio murmura, cada sílaba cortando o ar enquanto sua mão aperta ainda mais o pescoço de