Lorenzo Salvatore
Minha mesa era um verdadeiro campo de batalha. Documentos espalhados por todos os cantos, relatórios empilhados, planilhas abertas no notebook — uma verdadeira confusão enquanto eu tentava organizar as finanças da empresa. Suspirei, passando a mão pelos cabelos, e decidi me dar uma pausa.
Levantei-me e fui até o pequeno bar no canto do escritório. Peguei uma garrafa de uísque envelhecido, servi uma dose generosa e deixei o líquido dourado deslizar lentamente pela garganta. O calor do álcool trouxe um breve alívio, mas minha mente logo se voltou para um pensamento recorrente: Giulia.
Hoje, ela estava indo com Liz ao médico para fazer um ultrassom. Preferiu ir direto a esse exame para não deixar espaço para dúvidas ou a possibilidade de um resultado falso. Desde que conversamos sobre essa possibilidade, minha cabeça não parava de imaginar como seria essa nova fase de nossas vidas.
A ideia de ser pai, que antes me assustava profundamente, agora parecia quase um sonho.