Capítulo 10 – A Verdade Sobre a Marca
O sol ainda não havia nascido. A fortaleza dormia.
Mas Ana não conseguia.
O beijo, o toque, a fúria de Kael ainda queimavam em sua pele como brasas vivas. Sentimentos contraditórios se chocavam dentro dela: desejo e culpa, paixão e raiva, ternura e… medo.
Ela puxou o manto sobre os ombros e saiu dos aposentos silenciosamente. Precisava de ar. Precisava entender por que, mesmo depois daquilo, ainda sentia o colar vibrar… como se algo dentro dela estivesse tentando se libertar.
Como se a marca estivesse reagindo.
No salão da biblioteca antiga, encontrou Liora — a elfa curandeira da fortaleza, com olhos prateados e cabelos como névoa.
— Você está perturbada — disse Liora, sem sequer levantar os olhos do tomo que lia.
Ana hesitou.
— Eu preciso saber sobre a marca que Kael colocou em mim.
— O que ela faz… de verdade.
Liora fechou o livro lentamente e encarou Ana com seriedade.
— Você não devia ter permitido aquilo.
— Eu não tive escolha.
A elfa suspiro