A manhã seguinte nasceu com um silêncio estranho. O tipo de silêncio que antecede uma reviravolta.
Isabela estava sentada na beira da cama, vestindo uma camiseta larga de algodão e short curto, o cabelo preso de forma improvisada e o olhar fixo no nada. Na mesinha ao lado, o relatório completo da investigação que ela ajudara a construir estava aberto, como um lembrete de que a realidade ali fora era dura e exigia decisões rápidas.
Leonardo apareceu na porta, com um copo de café quente nas mãos e o cabelo bagunçado de sono. Estava sem camisa, apenas com uma calça de moletom cinza, e os músculos definidos se movimentavam suavemente a cada passo.
— Você já acordou há muito tempo, né? — perguntou ele, se aproximando e entregando o café.
— O mundo não me deixa dormir direito — ela respondeu com um sorriso cansado, pegando a xícara. — Mas obrigada por esse café. Sério.
Ele se sentou ao lado dela e passou um braço por seus ombros.
— Sabe... mesmo com tudo que está acontecendo, acordar e te v