O dia seguinte amanheceu com um céu cinza e pesado, como se o mundo estivesse prendendo a respiração. O general Costa estava preso, a mídia fervia com manchetes sobre a “Jornalista corajosa que derrubou um império corrupto”, e a opinião pública começava a se dividir entre aplausos e ameaças.
Mas naquele pequeno quarto escondido, entre lençóis amassados e corpos entrelaçados, o mundo parecia distante.
Isabela despertou com o toque leve dos dedos de Leonardo percorrendo sua cintura. Ela sorriu, sem abrir os olhos, puxando o lençol até o queixo.
— Se continuar com essa mão aí, vamos perder o café da manhã — murmurou ela, a voz ainda rouca de sono.
— Quem se importa com o café quando se tem isso? — ele respondeu, com um sorriso travesso, beijando sua nuca.
Ela se virou, os cabelos desgrenhados e o rosto ainda inchado de sono. Ele achava aquilo lindo. Real. Intenso. Tudo que nunca teve em relacionamentos anteriores.
— Você me faz esquecer o caos lá fora — ela disse, acariciando o rosto del