O jantar da revelação ainda pairava como uma sombra sobre todos, mas os dias seguintes trouxeram um silêncio estratégico. Nem Ema, nem Ethan ousaram tocar no assunto de imediato. Ambos estavam feridos, mas também sabiam que aquele era um ponto de virada: ou amadureciam juntos, ou se perderiam de vez.
Na manhã de segunda-feira, Ema chegou à sede da Sanchez Corporation em Mali Beach com uma calma que surpreendeu até sua assistente Joice. Estava serena, mas seus olhos tinham uma firmeza nova. Ethan, ao vê-la atravessando o hall principal, percebeu que algo nela havia mudado.
— Precisamos conversar. Mas não sobre empresas — ela disse, antes mesmo de cumprimentá-lo.
Eles se encontraram em um café afastado, longe dos olhares de funcionários e da pressão familiar. Sem máscaras, sem protocolos.
— Ema... eu sei que você me odeia por muitas coisas. Pela humilhação do passado, por eu não ter te protegido, por eu não ter acreditado em você... — Ethan começou, os dedos batendo nervosos na mesa. —