"Ravenna"
Um calor cresceu no fundo de meu ventre, como uma pressão gradual, mas logo se tornou avassalador. Soltei o ar e, quando o puxei profundamente, cada sentido foi dominado por ele.
Mal percebi o silêncio no ambiente. Eu só conseguia me fixar nele, enquanto uma necessidade urgente e primitiva chegava com tudo. Mais forte e crua do que das vezes anteriores.
Cassius se paralisou por um momento, sua expressão grave, como se algo o tivesse atingido também. Ergueu um pouco o queixo, as narinas se abrindo, sua mandíbula mais marcada. Não tirou os olhos de mim enquanto se sentava.
Por um momento, ficamos assim, nos encarando, o ar se enchendo de uma química e explosivos invisíveis. Meus pelinhos se arrepiaram. Um ronronar veio do íntimo, das vísceras. Minha loba satisfeita, ou excitada.
Meus instintos animais gritaram, os sentidos agudos, o cheiro de