222. UM ACORDO SOB AMEAÇA
NARRADORA
Rousse olhava encantado para a pequena mulher em seus braços.
Ainda custava a acreditar que Meridiana o havia aceitado como amante.
Acariciava sua bochecha com delicadeza.
Inspirava aquele aroma delicioso que preenchia sua alma.
Queria ficar para sempre preso naquela bolha cor-de-rosa, mas logo entendeu que era hora de encarar a vida real.
Seu ouvido aguçado captou o som de botas subindo as escadas até o segundo andar.
A cadência, o peso dos passos, a firmeza na caminhada... era o Lorde se aproximando dos seus aposentos.
“Amor, acorda, Meridiana, acorda, meu bem, temos companhia.”
A feiticeira mal teve tempo de esfregar os olhos antes de entender a gravidade da situação.
Imediatamente se recolheu para o mundo interior do seu General.
Os passos pararam bem diante da porta de Rousse.
Do lado de fora, Dracomir esperava, ansioso, embora fingisse indiferença.
Não havia dormido, e seu rosto mostrava sinais de cansaço.
Seus olhos não paravam de olhar para a última porta do corredor