Doze ¤¤
♤Hector Beaumont ♧

A porta se fechou com um estrondo seco atrás de Viena.

O som reverberou pelo apartamento, seguido por um silêncio pesado - sufocante. Quase tão sufocante quanto a ausência dela naquele espaço. Um eco do vazio que ela deixou.

Me sentei no sofá, os olhos fixos em nada, tentando convencer a mim mesmo de que era só um momento. Que ela sair não era o fim do mundo. Mas o ego... o ego já estava ferido demais pra aceitar aquilo como qualquer coisa além de uma provocação direta.

Olhei para o relógio. Quase dez da noite.

Lá fora, a cidade começava a se acender. Aqui dentro, eu me sentia preso - como se o mundo tivesse parado. Não era hora de racionalizar, mas ainda assim tentei. Respirei fundo, contei até dez. Um esforço inútil pra afastar a raiva que já fervilhava sob a pele.

Só que não era só raiva.

Era orgulho ferido, possessividade mascarada, e aquela certeza irritante de que eu precisava encontrá-la. Agora.

Levanto com uma calma que mal consigo sustentar e sigo em
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