♧ Viena Santoro ♧

Dias depois

Faz três semanas. Três malditas semanas dividindo apartamento com Hector Beaumont. E, sinceramente? Sinto minha sanidade escorrendo pelo ralo — junto com toda a água que aquele brutamontes desperdiça em um único banho.

Nós brigamos todo santo dia. Se não é porque a Alasca mastigou alguma coisa, é porque ele deixou outra espalhada no meu apartamento. Ou, na maioria das vezes, só porque não conseguimos existir no mesmo cômodo sem querer cometer um homicídio.

Agora, são quase sete da noite, o dia foi um inferno e tudo o que eu quero é o meu espaço. Só isso.

Estaciono o carro com mais impaciência do que deveria, pego minha bolsa e saio do veículo, abro a porta de trás. Solto a coleira da Alasca, que pula para fora com a postura de um verdadeiro soldado pronto para a guerra. Meu fiel escudeiro.

Tranco o carro e seguimos para o elevador privativo. A demora do maldito em descer até o térreo só pode significar uma coisa: Hector já está em casa.

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