Matteo:
Eu a vi se aproximar com passos pequenos, hesitantes. O sorriso que Giulia exibia era tão falso quanto uma nota de três dólares, mas seus olhos… Ah, seus olhos dançavam ao redor do jardim, analisando tudo, calculando cada detalhe. Era a primeira vez que saía de seu quarto em quase uma semana.
— Você me convocou, ó, todo-poderoso? — Sua voz carregava um tom doce, falsamente doce, que só ajudou a me irritar ainda mais. Ela não tornava as coisas fáceis.
— Giulia. — Meu cumprimento foi direto, sem espaço para brincadeiras. O tom foi suficiente para fazê-la parar de sorrir.
— Matteo — respondeu, confusa com a minha atitude.
Eu a observei por um momento antes de deixar as palavras escaparem.
— Você está linda esta noite. — Minhas palavras eram deliberadas, e meus olhos percorreram seu corpo de maneira lenta, quase preguiçosa. Eu sabia que isso a deixaria desconfortável, mas era necessário. Ela precisava entrar no jogo.
— O quê? — A confusão estampou o rosto dela.
Dei um passo em sua