por Milena
O silêncio opressivo do porão pesava sobre mim como uma sentença de morte.
Cada segundo naquele lugar frio e úmido me parecia uma eternidade, uma tortura lenta e contínua.
A escuridão densa e as paredes sujas que me cercavam eram a única coisa que eu via, dia após dia, roubando de mim a noção do tempo.
Eu estava presa em um pesadelo sem fim, e a única coisa que me mantinha viva era a tênue esperança de escapar.
As horas se arrastavam, cada uma mais angustiante que a anterior, quando meus olhos finalmente se fixaram em algo que poderia ser minha salvação.
Caminhando o mais silenciosamente que podia, avistei uma pequena janela, alta, quase invisível em meio à escuridão e sujeira daquele lugar horrível.
Parecia que tudo que havia em volta do porão que eu estava, estava tão decadente quando meu cárcere.
Nada aqui era agradável.
O cheiro fétido, a sujeira, o abandono eram gritantes.
A janela que meus olhos alcançaram era um mero feixe de luz, mas naquele momento, parecia