CLÍO:
Elliot me arranca dos braços de Leo e me aperta entre os seus. Por mais estranho que pareça, eu me sinto bem apoiada em seu peito. Nesse momento aparece minha avó.
—Elliot? —ela chama, olhando-o com estranhamento. —Você conhece meu verdadeiro pai, avó? —pergunto, surpresa e assustada ao mesmo tempo pela possibilidade de que ela também esteja me mentindo. —Seu verdadeiro pai? O que você quer dizer com isso, filha? —pergunta a avó, olhando ora para Elliot, ora para mim. Eu me solto dos braços de Elliot e caminho em direção à minha querida avó, que avança lentamente, com expressão de incredulidade. Elliot permanece parado, sem se mover, nos observando com uma mueca indescifrável; posso ver a dor e um cansaço acumulado. Por alguns segundos, juro sentir o peso das décadas que ele carrega sobre os ombros. No entanto, minha avó não está pronta para parar. —Filha, o que significa tudo isso? —diz enquanto es