243. LEMBRANÇAS DO PASSADO
Soltei uma risada sarcástica, quase imperceptível, enquanto me endireitava na cadeira. A tentativa dele de desestimar a possibilidade de nanotecnologia me parecia, na melhor das hipóteses, uma ingenuidade.
—Não sei, mas naquela casa tudo pode ser feito com tecnologia —repeti, deixando minha mente voltar à minha infância—. Lembro de uma vez em que David ficou bravo comigo; colocou a mão na parede e uma porta se abriu. Ele desapareceu, como dizem seus homens. Depois, a parede não tinha nenhum indício de porta.
—Sério? —o homem se interessou novamente pelas minhas informações.
—Sim, mas Leo me disse que era um truque de mágica de desaparecimento que o David tinha, e eu não investiguei mais —respondi sorrindo, relembrando o momento—. Porque estava feliz por ele ter ido embora e me deixado sozinha com el