178. EDNA E CINTIA
O silêncio que se segue ao som do telefone desconectado é quase teatral. Edna pisca, aturdida, como se não conseguisse processar o que acaba de acontecer. Seu rosto, vermelho de raiva há alguns minutos, parece agora passar por uma mistura de incredulidade e humilhação.
— Isso não pode ser... — murmura, mais para si mesma do que para alguém em particular.
— O que vocês estão olhando? — pergunta com um tom cortante, dirigindo-se aos poucos funcionários que ainda estão na sala, tentando inutilmente esconder seus sorrisos.
— Nada, senhora Edna — murmura uma delas rapidamente, baixando o olhar.
Por um momento, quase sinto pena dela. Mas esse diminuto sentimento desaparece quando ela levanta o olhar, seus olhos ardendo com uma fúria renovada. Lúa avança um pouco.
— Andrea — chama a recepcionista.
— Sim, senhorita Lúa — responde imediatamente Andrea.
— Por favor, informe ao guarda de segurança que não deixe qualquer um entrar na empresa — ordena com uma frieza que até mes