O silêncio que se segue ao som do telefone desconectado é quase teatral. Edna pisca, aturdida, como se não conseguisse processar o que acaba de acontecer. Seu rosto, vermelho de raiva há alguns minutos, parece agora passar por uma mistura de incredulidade e humilhação.
— Isso não pode ser... — murmura, mais para si mesma do que para alguém em particular. — O que vocês estão olhando? — pergunta com um tom cortante, dirigindo-se aos poucos funcionários que ainda estão na sala, tentando inutilmente esconder seus sorrisos. — Nada, senhora Edna — murmura uma delas rapidamente, baixando o olhar. Por um momento, quase sinto pena dela. Mas esse diminuto sentimento desaparece quando ela levanta o olhar, seus olhos ardendo com uma fúria renovada. Lúa avança um pouco. — Andrea — chama a