Parte 10...
Rafael
Era para ser uma noite qualquer.
A casa de Bruno, um amigo antigo da faculdade, estava lotada, com música boa, luzes penduradas nas árvores e copos nas mãos de todo mundo.
O jardim era grande, e as pessoas se espalhavam por ele, como se tivessem sido atraídas por alguma promessa de verão tardio.
Camila estava ao meu lado, de vestido curto e vermelho, colado demais ao corpo, e justo o suficiente para não me deixar pensar em mais nada.
O tecido parecia ter sido feito para os meus olhos, para me provocar, para testar a minha paciência.
E estava funcionando.
Ela ria de alguma história que Bruno contava, e eu fingia prestar atenção, mas a verdade era que tudo o que eu queria naquele momento era encontrar um lugar onde pudesse tirá-la daquele vestido.
— Quer beber mais alguma coisa? - perguntei perto do ouvido dela, com a desculpa de ir até a cozinha da casa.
— Quero sim. Uma caipirinha de maracujá.
— Tá pedindo demais - brinquei, deslizando minha mão pela curva da cintur