Pablo Rodriguéz
Ainda estou um pouco anestesiado pelo que aconteceu. É difícil acreditar que Alicia não me ofendeu de todas as formas possíveis, ao invés disso, ela permitiu que eu trabalhasse amanhã.
Não vou criar esperanças, é óbvio que ela não quer entrar em um táxi em pleno domingo.
Afrouxo a minha gravata, atento ao trânsito e tentando não pensar no maldito beijo.
Preciso me convencer que aquilo me afetou apenas por estar sóbrio, mas a lembrança das nossas línguas entrelaçadas, de suas unhas arranhando a minha nuca e das minhas mãos contornando sua cintura, deixa meu pau duro como uma rocha.
Não quero me sentir como um pervertido maluco, estou apenas precisando transar, já que não sei o que é sexo sem estar bêbado ou drogado há bastante tempo.
Mais uma vez questiono o porquê de não ter uma idosa ranzinza como chefe, se bem que ranzinza Alicia já é...
— Ela precisava ser tão linda? — digo, entrando com o carro no meu bairro e me apressando em estacionar na garagem.
Sinto a boca se