O olhar de Alexandre se manteve fixo a estrada por longo tempo, eu me sentia ansiosa, querendo roer as unhas, não sabia como seria esta conversa, sequer estava preparada para olhar no rosto do meu pai, e sobre nós, não falamos nada.
Quando a sua mão tocou o meu joelho, eu estremeci, olhei para Alexandre receosa, e o olhar que ele me deu de volta, em silêncio, por alguns segundos, era douradouro o suficiente para que eu soubesse que não haveria mais uma vez. E talvez fosse melhor assim.
Eu não queria perder a cabeça, não por um homem, ainda mais um que não era meu.
Ele voltou a olhar a estrada, me ignorando ao seu lado, e como ele, fitei a janela, tentando fugir de tudo aquilo, havia um desejo enorme de resolver tudo de uma vez, e ir embora, mas eu sabia que isso machucaria pessoas que sequer sonhava com esta loucura, a amizade entre eles é linda, eu desejei ter uma amizade assim, alguém que me defendesse mesmo quando eu estivesse errada.
Olhei para Alexandre ali a espera do sinal ver