No segundo dia após a partida de Naiara para o exterior, Catarina não pôde mais esperar e mandou que os empregados trocassem todas as cortinas e tapetes da casa pelos modelos de que gostava.
Ao entardecer, Afonso entrou em casa e seu olhar se fixou de repente.
Alguns empregados carregavam para fora a escrivaninha de sândalo do escritório de Naiara, onde ainda estavam sua caneta-tinteiro e seus livros de uso frequente.
— O que vocês estão fazendo? — A voz grave e gélida de Afonso congelou instantaneamente todo o ambiente da sala.
Os empregados pararam onde estavam, apressando-se em explicar:
— Senhor, a Srta. Catarina disse que este cômodo tem boa iluminação e quer transformá-lo em um ateliê...
Os olhos de Afonso escureceram, e sua voz tornou-se ainda mais fria:
— Transformar em ateliê? E quando a Naiara voltar?
Com a cabeça baixa, os empregados não ousaram responder.
Nestes dias, Catarina já havia mandado, às escondidas, que jogassem fora vários pertences de Naiara.
A intenção dela, to