A sirene da ambulância foi se afastando aos poucos.
A chuva batia no rosto pálido de Naiara, misturando-se com suas lágrimas.
Ela estava de pé sobre o cimento em frente à mansão, ainda sentindo nos dedos a viscosidade do sangue de Afonso.
Um farol ofuscante cortou a cortina de chuva.
O Maybach preto freou bruscamente diante dela, e Jorge desceu do carro apressado, sem sequer abrir o guarda-chuva, cobrindo-a com seu sobretudo e acolhendo-a nos braços.
— Naiara. — Os braços de Jorge se apertaram tanto que parecia querer fundi-la em seus ossos e sangue. — Não tenha medo, eu vou te levar para casa.
O rosto de Naiara se enterrou no ombro dele, sentindo o aroma familiar.
O abraço foi tão forte que suas costelas doeram levemente, mas estranhamente isso fez com que ela parasse de tremer.
Dentro do carro, o aquecedor estava no máximo, e Jorge envolveu Naiara em várias camadas de cobertores.
Só então ele falou lentamente:
— Neste tempo, entrei em contato com sete conglomerados e, em conjunto, ti