Capítulo 20
A sirene da ambulância foi se afastando aos poucos.

A chuva batia no rosto pálido de Naiara, misturando-se com suas lágrimas.

Ela estava de pé sobre o cimento em frente à mansão, ainda sentindo nos dedos a viscosidade do sangue de Afonso.

Um farol ofuscante cortou a cortina de chuva.

O Maybach preto freou bruscamente diante dela, e Jorge desceu do carro apressado, sem sequer abrir o guarda-chuva, cobrindo-a com seu sobretudo e acolhendo-a nos braços.

— Naiara. — Os braços de Jorge se apertaram tanto que parecia querer fundi-la em seus ossos e sangue. — Não tenha medo, eu vou te levar para casa.

O rosto de Naiara se enterrou no ombro dele, sentindo o aroma familiar.

O abraço foi tão forte que suas costelas doeram levemente, mas estranhamente isso fez com que ela parasse de tremer.

Dentro do carro, o aquecedor estava no máximo, e Jorge envolveu Naiara em várias camadas de cobertores.

Só então ele falou lentamente:

— Neste tempo, entrei em contato com sete conglomerados e, em conjunto, ti
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