12. Enquanto isso... na sala de jantar
Matteo ainda estava sentado à mesa . O som dos passos de Sofia se dissipou pelos corredores, carregando consigo algo que Matteo não sabia nomear, mas que ficou suspenso no ar . Matteo chegou a sentir o perfume floral que Sofia usava. O cheiro agrádavel ficou pairando no ar.
A luz amarela do lustre refletia sobre o cristal da taça de vinho, transformando o líquido escuro em rubi.
Matteo não comeu mais nada. Não se moveu. Não respirou fundo. Apenas pensou.
Era raro ficar pensativo e calado depois das refeições. Matteo costumava distrair a mente , ler um livro, analisar as planilhas no computador. Mas algo naquela sobremesa havia deixado sua rotina desalinhada. A sensação era tão sutil quanto inquietante.
Depois de alguns minutos imóvel, ele finalmente apoiou as mãos na mesa e se levantou.
Seu andar era lento, diferente da frieza gélida que lhe era peculiar. O peso dos pensamentos deixava seus passos mais silenciosos do que o normal. Ele caminhou até a janela da sala de jantar, abri