Anna Greco
Mais uma vez acordo sozinha, a tática de deixar a porta aberta não funcionou. Vitório não voltou para o nosso quarto e tem me evitado a semana inteira, quase não o vejo, nem mesmo na hora das refeições ele aparece.
Sinceramente, não sei no que está pensando, eu quem deveria estar brava, na verdade, eu estou brava, ele podia ter matado a Isabela.
Não vou dar o braço a torcer, não quando ele queria machucar a minha família.
O problema é que tem sido torturante estar longe dele, até meus bebês parecem sentir falta do pai. Toda noite eles ficam agitados dentro da minha barriga, o que é incomum aos cinco meses de gestação, nem era para eles estarem se mexendo tanto assim.
Desanimada, me forço a levantar, papai vem buscar a Isabela hoje, não nos falamos desde o casamento dela, depois da nossa última conversa.
Sinto falta dele, do seu carinho, do seu abraço e até de ouvir ele me chamando de cenourinha. É doloroso ver o quanto nossa relação mudou.
Tomo um banho e coloco um vestido