NARRAÇÃO DE BRADY...
Os homens prenderam o irmão da Sara no carro, ao menos ele não ousou gritar...
Caminhei sem preocupação, admirando as flores, o jardim. Havia muitas borboletas, e a enorme piscina estava impecável.
Meu consigliere abriu a porta de vidro que dava acesso à sala de estar, com direito à visão de todo o condomínio. O cheiro de carne de panela era convidativo, afinal, ainda não havia almoçado.
— Jack? Já terminou de arrumar o quintal? — a voz de um homem ecoou, acompanhada de passos distraídos, com o barulho de chinelos se arrastando pelo chão. Ele se aproximava. E, diante de mim, surgiu um senhor. Muito grande, quase dois metros de altura, robusto. Os olhos, parecidos com os da Sara. Segurava uma xícara, mas a deixou cair no chão, manchando o piso de porcelanato. Acho que entendo por que Jack, seu filho, apanha e nada faz. O cara é enorme. Imagino o que Dona Lucy passou em suas mãos.
— William Jones? — perguntei, sorrindo. Caminhei pela sala de estar e parei diante da