NARRAÇÃO DE BRADY...
Tudo ficou mais difícil. Nossos hackers trabalharam a fundo para encontrar a tal mensagem anônima — que logo em seguida foi apagada. Disseram que não havia rastro do inimigo. Um deles chegou a perguntar se de fato aquela mensagem existiu. Aquela pergunta foi uma afronta; rangei os dentes. Ele ergueu as mãos, querendo se justificar.
— Senhor, eu não estou dizendo que a senhorita Sara esteja mentindo, mas, como ela já está com essa preocupação na cabeça... Avistamos a câmera de segurança; ela parecia em crise de pânico, antes mesmo de abrir a tela do celular. Por favor, não me entenda mal... — Olhei para Sara, encolhida no sofá, debaixo de um lençol, ainda amedrontada. Ela olhou-me confusa.
— Eu não sei se vi coisas, mas parecia muito real. Eu apenas... — Sara piscou, tentando se justificar. Olhei os hackers, que a escutavam pacientes em frente ao computador.
— Continue procurando — insisti. Ambos se entreolharam, como se pudessem falar com os olhos. “E lá vamos nós