NARRAÇÃO DE SARA...
Eu já não suportava mais tanta saudade.
Talvez soe dramático dizer assim, mas nesses dias em que ele esteve longe, senti-me como um peixe fora d’água. As ligações, as mensagens — nada preenchia o vazio. A carne ansiava. Implorava pela presença dele, pelo toque, pelo beijo.
Quando finalmente chegou o dia da virada de ano, meu coração já batia fora do compasso.
Julie também não parava de perguntar se faltava muito, os olhinhos brilhando de tanta expectativa.
Brady nos surpreendeu ao enviar um helicóptero para buscar-nos. Mas nada, absolutamente nada, se comparou ao momento em que o vi.
Elegante, conversava com o pai — até que seus olhos encontraram os meus. O mundo pareceu parar.
Segurei o vestido e apressei os passos, mas Julie foi mais rápida: correu até ele e o abraçou com força.
Brady abriu um sorriso largo, genuíno. Ergueu-a no ar em meio a risadas — aquelas risadas gostosas que só Julie consegue arrancar.
O pai dele observava, com um sorriso breve, quase orgulh