NARRAÇÃO DE BRADY DAWSON...
Saí de casa com o coração acelerado, carregando uma pequena esperança nas mãos. Entrei numa floricultura e escolhi o buquê mais bonito que encontrei — rosas vermelhas, clássicas, cheias de vida. Achei que elas mereciam algo especial, mesmo que fosse um gesto simples.
Depois, fui a uma confeitaria e comprei chocolates para a Julie. Escolhi uma caixinha colorida, imaginando o sorriso dela ao abrir. Eram pequenos detalhes para mostrar que eu me importava — e, talvez, afastar o fantasma da ausência da noite anterior.
Quando estacionei diante da casa delas, vesti o casaco ainda dentro do carro. Olhei pelo retrovisor, ajeitei o cabelo, respirei fundo, me preparando para o que viesse. Meu coração ainda tremia, mas a vontade de vê-las era maior que qualquer medo. Saí do carro e, enquanto caminhava pela neve fofa, senti um frio na barriga se espalhar.
Toquei a campainha com mãos trêmulas. Os segundos até a porta abrir pareceram horas.
Para minha surpresa, não foi Sa