NARRAÇÃO DE BRADY...
Aquela cena — a imagem que me esperava quando cheguei à lanchonete próxima da igreja — me quebrou por dentro.
Eu já estava à beira do precipício que existia dentro de mim. E ali, diante de tudo, o colapso simplesmente aconteceu.
Stefan estava ensanguentado, e Evelyn, em desespero, o abraçava. Já nem sabia se meu irmão — que para mim sempre foi como um filho — ainda estava vivo. Havia corpos espalhados pelo chão, o mármore manchado de vermelho vivo.
Corri até ele. Sacudi-o em pânico. Chorei com raiva. Ele ainda respirava, ofegante, com a mão sobre a perna ferida. Xinguei-o, gritei, o agarrei pela camisa, quis socá-lo e ao mesmo tempo o abraçar por ainda estar vivo.
E então, o colapso veio de vez — a exaustão, o susto, o pânico.
Senti falta de ar. Uma dor aguda no peito, como se algo me apertasse por dentro, queimando e pesando ao mesmo tempo. Irradiava para o braço esquerdo, para o pescoço, para as costas. A visão escureceu. As mãos formigaram. O corpo adormeceu. E