Naquela noite enquanto todas as garotas se divertiam pelo salão da boate dançando e bebendo, buscando seus clientes e trabalhando como nunca, Jannie, foi à única que ficou para trás e até tentou ficar no mesmo quarto que as meninas para conseguir mais algumas pistas para ajudar os colegas de fora, mas a paciência que guardava com todo fervor dentro do peito, tinha ido embora fazia um tempo. O quarto de Tristan era bonito e nem iria negar, grande com todo aquele luxo, assim como os dos outros que teve a sorte de conhecer. Em frente ao espelho grande do banheiro, olhava para sua face com mais ódio que se costume. Nunca em nenhum de seus trabalhos havia se machucado a aquela altura. O corte iria lhe marcar por uma vida toda, tinha quase certeza que de não teria como esconder aquilo com maquiagem. Tirou as lentes para tomar um banho mais intimo e sozinha. Já não bastava o tanto de gente que a tinha visto nua não precisava mais. Quando voltou
O avião pousou sob a pista molhada deixando a visão da cidade de Sta. Eleonor com um ar de fim do mundo com frio e o silêncio de pessoas dentro daquele imenso pássaro concentrados em fazer sua missão e sair ilesos. Aquele fim de domingo parecia perfeito para tomar uma taça de vinho com o amor da sua vida, isso se realmente não tivessem em missão. Olhou para o outro lado avistando Teodoro estudando todo o local, desde o céu as pessoas que se aproximavam do avião. Eles sairiam por um breve momento, dormiriam no hotel e quando o amanhecesse, cada um iria para seu posto conhecer seu lugar e fazer o trabalho desenhado e estudado por todos ali dentro. Quando a porta foi aberta, todo mundo que estava dentro foi saindo aos poucos, cada um tomaria um caminho diferente com hotéis, carros, quartos e roupas diferenciadas. Todos teriam que chegar de todas as direções naquele banco para o plano dar certo. Por último, Teodoro desafivelou o cinto dando
O amanhecer de Sta. Eleanor estava radiante. Os pássaros cantando, cada pessoa tomando conta de sua vida. Cada um buscando o melhor para si, e de uma forma ou outra, aquele homem que descia as escadas para sair do prédio de apartamentos não estava fazendo algo diferente. Havia tido uma noite longa com o namorado, e repassado todo o plano como muito cuidado para que nada saísse errado. Se era a primeira vez ou não que iria comandar um assalto, tudo teria que sair conforme os desejos de Oscar, pois não queria ser o único a não ter responsabilidades naquela família. Assim que chegou do lado de fora, um carro lhe pegou levando ao tão falado banco central daquela cidade. Poucas pessoas entravam e saiam, não havia filas, não havia tantas câmeras e mesmo se houvesse alguém já teria desligado. As ordens de Oscar eram perfeitas e meticulosas, nenhum passo era dado senão tivesse motivo para tal. Olhando o relógio novamente, ele sabia que estava quase na hora. Iria entrar quando ning
— Essa delegada dos infernos. — Não precisa me desacatar. Você já tem crimes o suficiente pra ser acusado, Valentin Benett - Aos poucos, a imagem de Lilian foi aparecendo diante do homem ajoelhado. Um suspiro longo foi dado por ele ao ver a mulher de outrora se aproximar com uma arma em punho, enxugando as lágrimas e mostrando um sorriso grande para o mesmo. — Ele te machucou? — Um empurrão ou dois. - Respondeu tirando a peruca da cabeça e Valentin manteve a expressão de ódio no rosto. Não era a mesma mulher. Ele sabia que não parecia com a da foto que lhe foi mostrada. — Vou lá fora. — Pode ir. Bom trabalho - Lilian estava radiante. O sorriso não podia sair de seus lábios e não iria mesmo. Prender um daqueles homens estava lhe dando uma sensação de superioridade tão grandiosa que não haveria como explicar. — Mão para trás meu bem, você será algemado agora. — Não adianta você me prender aqui. - Respondeu o homem sendo a
— Então você ficou mesmo com uma babá? - Mônica perguntou outra vez achando graça da situação da amiga. E riu mais um pouco quando Lizzie revirou os olhos. — Meus pais também não estão felizes com o que aconteceu. Sua mãe fez questão de contar isso para todos aqui na minha casa. Eu acho que não gosto mais da delegada. Lizzie acabou parando o sorriso dessa vez. Numa simples chamada de vídeo, tentava se distrair de alguma forma. Mas não dava para se sentir tão a vontade sabendo que na sala havia um homem que não conhecia, sua mãe não respondia suas mensagens desde manhã, as horas iam se passando, a lua estava no céu ao lado das estrelas. Nem mesmo ligar para seu pai deu certo naquela noite. Será que eles estavam esquecendo que tinham filha? — Não precisa parar de gostar da minha mãe. Ela está certa. Não devemos queimar pessoas vivas - Repetiu o que lhe foi dito inúmeras vezes. E depois de tanto pensar, isso era verdade. — Não estou dizendo
— O que você disse? - Lilian levantou estufando o peito. Passou as mãos nos cabelos enquanto caminhava pela sala apenas para focar em todas as câmeras e então, parou atrás de Valentin. — Que todo mundo tem a oportunidade de te matar, mas ninguém faz isso, ninguém quer machucar a criança. Ela faz parte da nossa família. - Todos sabiam que falar de Lizzie e qualquer ligação com a família paterna deixava a delegada zangada, principalmente os Benett. Quando Valentin achou que havia ganhando naquele dialogo. Sentou as mãos pequenas da delegada se entrelaçar entre seus cabelos e no piscar de olhos, seu rosto foi prensado contra a mesa a sua frente, junto ao liquido ainda quente que ele mesmo jogou. — Eu não vou deixar você falar da minha filha. Ela não faz parte da sua família, ela é apenas minha. - O homem tentou ergue-se, sem sucesso — Então acho melhor você tomar cuidado com o que está falando se não quiser acabar com um tiro no seu pé, porque eu posso
Tristan adentrou aquela sala sabendo de tudo que tinha acontecido e mesmo assim, não acreditava de verdade que um assalto, ou qualquer um dos planos de seu pai havia dado errado. Oscar sabia muito bem como comandar um assalto, anos e anos de pratica levavam a perfeição, no entanto, aquele com certeza não era seu dia. Voltou para casa assim que soube de Valentin, e sabia que seu irmão estaria surtando e já armando tudo para buscar o namorado, porém, não esperou encontrar em Oscar um olhar desconfiado e desesperador. — Conseguiu voltar rápido? - Oscar murmurou ao ver o filho cruzar a sala para se sentar em um dos sofás — Parece que estava esperando para voltar a qualquer momento. — Não tenho interesse de ficar mais tempo na casa da mamãe. Mas ela com certeza iria gostar de vê-lo mais vezes por lá. — Parece que ela vai ficar mais um tempo sem me ver. Visto que temos um problema muito grande agora nas mãos. - Tristan apenas estreitou os olho
O cheiro de Seant nunca iria sair da sua mente. A cidade onde nasceu e cresceu ao lado de uma família era um dos lugares mais belos que já conheceu e também o pior para se continuar visitando. O carro parou novamente e Tristan desceu assim que a porta foi aberta. Os seguranças estavam por todos os lugares, alguns rostos conhecidos, seu nome sendo proferido o mínimo possível. A pessoa que iria encontrar certamente era muito importante, já que diante de todas as ameaças que sofreu apenas por pensar em voltar a Seant, seu pai havia o mandado novamente para fazer negócios. Ele nem mesmo era o homem que fazia negócios. A Boate estava cheia; música alta, bebida por todo lugar, mulheres, sorrisos, peitos… E passando por tudo isso lhe restou outro corredor mais estreito, foi guiado até a área VIP onde reconheceu o homem a qual veio encontrar. Revirou os olhos a tempo de vê-lo sorrir assim que sentou e foi servido com uma bebida quente. — Tristan Benett, é um prazer te encontrar - O homem do