Selene Castiel
Noite do dia seguinte.
A ideia foi da Bianca, óbvio. Despedida de solteiros conjunta. Um evento moderno, civilizado, simbólico. Segundo ela, “um jeito elegante de encerrar a liberdade antes da cerimônia assinar a sentença”. Eu ri. Porque, na minha cabeça, liberdade não tem fim — só pausa dramática.
Mas aceitei. Pela imagem. Pela provocação. Pelo prazer de ver Caius sendo forçado a dividir o mesmo espaço que meu caos. Ele achou que ia ser uma noite tranquila? Que íamos sorrir para os convidados, brindar juntos e fingir que amanhã não vamos nos devorar ou destruir?
Coitado.
O lugar era luxuoso demais pra quantidade de tensão no ar. Drinks circulando. Música no talo. Corpo suado, risada ensaiada, promiscuidade com salto alto. Era pra ser leve. Mas com a gente nunca é.
Porque enquanto todos comemoram o fim da solteirice, eu só consigo pensar em guerra.
E em como o homem que vou casar parece cada vez mais disposto a me vencer no próprio jogo.
Chego atrasada de propósi