Já era noite no Rancho Langford. O céu azul-escuro estava pontilhado de estrelas tímidas, e o clima era de calma aparente — mas dentro da sala de reuniões, corações pesavam mais do que qualquer prontuário.
A doutora Lori e o doutor Michael cruzaram o corredor em silêncio. Pararam diante da porta do escritório onde o agente Logan organizava relatórios. Lori bateu suavemente.
— Agente Logan, podemos falar com o senhor por alguns minutos?
Logan levantou o olhar, cansado, mas sempre disposto.
— Claro. Entrem.
Lori fechou a porta, e os dois sentaram-se à frente dele. Havia algo diferente nos olhares — não era apenas o peso da responsabilidade, mas a marca de quem já havia cruzado a linha invisível entre o técnico e o humano.
— Agente, — começou Lori, com a voz baixa — chegamos ao ponto onde precisamos fazer algo que não é confortável, mas é necessário.
Michael continuou:
— Nós nos envolvemos emocionalmente