CAPÍTULO 7

VITTORIO NARRANDO

A casa estava em silêncio quando ela chegou. Os portões se abriram lentamente, revelando os jardins simétricos e as colunas brancas que sustentavam o peso da minha história.

Ela entrou acompanhada por um segurança. Vestia uma calça jeans surrada e uma blusa simples, o cabelo preso em um coque improvisado. Carregava nos olhos o mesmo silêncio de quando a vi pela primeira vez.

Ficou parada na entrada da sala principal. Ninguém falou com ela. Ninguém a guiou. Ninguém ousou encostar.

Observava tudo. Como quem sabe que entrou em um lugar onde o tempo pesa mais do que o relógio.

Como quem sentia o cheiro da morte impressa nas paredes.

Parada no centro do tapete persa como se pisasse em um campo minado.

Observava as esculturas, os quadros, as paredes antigas, os detalhes em ouro envelhecido. Tudo sob um silêncio incômodo, quase litúrgico. Como quem entra num templo profano e entende, de imediato, que não se reza ali — se sobrevive.

Ela não sabia que eu a observava do alto,
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App