Leonardo estava se preparando para sair. Clara estava deitada, coberta até a cabeça.
— Estou indo. Não espere por mim. — Ele bateu à porta do hotel sem aguardar resposta.
Pelo menos por essa noite, ela sossega o facho. Pensou, seguindo para o carro.
No caminho até a casa de Jéssica, sua memória foi inundada por tudo o que viveram juntos. Cada gesto carinhoso, cada momento de intimidade tímida.
Jéssica era excepcional. Iluminava seu mundo com tanta luz que ele precisava de mais daquilo.
A relação com Clara já não tinha nenhuma utilidade.
Ela nunca chegou aos pés de Jéssica, e ele nunca cansou de dizer isso.
Na portaria do condomínio, ele imaginou que conseguiria passar sem maiores problemas, como da última vez.
— Boa noite, doutor.
— Olá. Eu gostaria de ir &agr