O peito arfante e as mãos trêmulas de Breno sinalizavam que seu momento de fúria estava apenas no começo. Hugo se levantou, foi até a frente do filho, abaixou-se e ouviu atentamente cada palavra que ele tinha para dizer. Não o interrompeu nenhuma vez.
— VOCÊ ESTÁ ENGANANDO A MINHA MÃE! COMO TEM CORAGEM? COLOCAR ESSA MULHER NA NOSSA VIDA?! — Breno ofegava, deixando as emoções transbordarem a cada palavra.
— EU ACREDITEI EM VOCÊ. EU CONFIEI EM VOCÊ, E VOCÊ ME ABANDONOU! ABANDONOU MEUS IRMÃOS! NOS DEIXOU TRISTES! — Os olhos da criança começaram a marejar. A tremedeira estava diminuindo.
— NÃO ACREDITO QUE EU QUERIA SER COMO VOCÊ! EU TE ODEIO! — Breno bateu o pé com força no chão. Os braços alinhados ao corpo subiam e desciam no ritmo da fúria que o incendia