P.D.V de Richard Prescott
Saí do quarto do meu filho acompanhado pela maga Elarin Noxwyn, em direção ao quarto de Kayla. O corredor parecia mergulhado num silêncio denso, como se o próprio ar aguardasse algo grandioso. Antes mesmo de chegarmos à porta, ouvimos um cântico baixo, ritmado, quase sussurrado — mas impregnado de um poder antigo e profundo. Era uma invocação em língua ancestral.
A origem era clara: vinha de Kayla.
Eu ia acelerar o passo até o quarto, meu corpo e mente perdidos em preocupação, mas então a maga congelou no meio do corredor. Seus olhos se arregalaram, e antes que pudesse pronunciar uma palavra, eles reviraram, ficando completamente brancos. Uma onda de energia varreu o ambiente como um vendaval invisível. Os cabelos da maga se ergueram, puxados por correntes de força que escapavam do quarto como braços etéreos. O suor escorria em seu rosto, e seu corpo inteiro começou a tremer.
Pequenas centelhas de luz prateada surgiram no ar, girando lentamente ao nosso redo